Ideflor-Bio realiza atividade de reconhecimento na APA da Ilha do Combu

A iniciativa buscou aprofundar a compreensão sobre o território e fornecer subsídios para elaboração do Plano de Gestão da Unidade de Conservação (UC)

A Comissão de Planos de Manejo (Coplam), do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), realizou uma atividade de reconhecimento de campo na Área de Proteção Ambiental (APA) da Ilha do Combu, localizada na região insular de Belém. A iniciativa buscou aprofundar a compreensão sobre o território e fornecer subsídios para todo o processo, incluindo a construção do Guia do Participante, documento essencial no desenvolvimento da elaboração do Plano de Gestão da Unidade de Conservação (UC).

A visita técnica permitiu à equipe aprimorar suas impressões sobre a realidade local, contribuindo para uma abordagem mais sensível e fundamentada na condução das próximas etapas do planejamento. De acordo com a representante da Coplam, Shislene Rodrigues, o reconhecimento é fundamental para um olhar mais detalhado sobre a dinâmica da APA. “Nem todas as integrantes da comissão conheciam a Ilha do Combu. Precisávamos dessa vivência para entender melhor as particularidades do território e garantir que nosso trabalho esteja alinhado às necessidades locais”, afirmou.

A atividade funciona como um suporte estratégico para as próximas fases. Em especial, servirá de base para a Oficina Principal, que será realizada futuramente, diante da metodologia adotada pelo Instituto, e contará com a participação de diferentes atores envolvidos na gestão da UC. Esse evento será um espaço de construção coletiva e deliberação sobre diretrizes para a UC.

Organização – O diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação, Ellivelton Carvalho, destacou que esse tipo de ação fortalece a efetividade do Plano de Gestão. “O planejamento de uma unidade de conservação deve partir de um entendimento profundo do território. Esse reconhecimento de campo é uma oportunidade para integrar a equipe ao contexto local e, assim, garantir que as decisões sejam mais assertivas”, explicou.

Durante a atividade, a equipe da Coplam observou aspectos ambientais, socioeconômicos e culturais da ilha, além de dialogar com moradores e lideranças locais. O objetivo foi captar percepções que contribuam para a definição de estratégias sustentáveis para a gestão da APA. A troca de experiências com a comunidade também é considerada essencial para garantir a inclusão das demandas locais no planejamento.

Proximidade – O gerente da Região Administrativa de Belém, Júlio Meyer, enfatizou a importância da aproximação com a realidade da unidade. “A Ilha do Combu tem uma dinâmica própria, com forte interação entre conservação ambiental e atividades produtivas. Compreender essa relação é essencial para garantir que o plano de gestão seja realista e eficiente”, pontuou.

A elaboração do Plano de Gestão da UC segue um processo estruturado, envolvendo diferentes etapas, desde o levantamento de informações até a definição de diretrizes e ações prioritárias. O Guia do Participante, que está sendo aprimorado com base nas observações da equipe, será um dos instrumentos de apoio nesse processo, servindo como material de referência para os envolvidos nas oficinas e demais atividades de planejamento.

Sobre a UC – A APA da Ilha do Combu é uma área de relevante importância ecológica e cultural para a região de Belém. Além de abrigar uma rica biodiversidade, é um espaço de intensa interação entre conservação e usos sustentáveis, como o turismo de base comunitária e a produção do tradicional chocolate artesanal de cacau nativo. Dessa forma, o plano de gestão da unidade visa equilibrar a proteção ambiental com o desenvolvimento sustentável, garantindo benefícios para as comunidades locais e a preservação do patrimônio natural.

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