Durante a solenidade, o governador Helder Barbalho destacou a importância da obra para o fortalecimento da atividade pesqueira. “Estamos avançando na estratégia de geração de emprego e desenvolvimento local. Esta unidade integra um esforço regional para modernizar a cadeia produtiva da pesca, com parceria entre o governo estadual, os municípios e as comunidades de pescadores do Lago de Tucuruí”, afirmou o chefe do Executivo Estadual.
Avanços – O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, ressaltou que a nova estrutura faz parte de um projeto abrangente, que inclui ao todo sete unidades de monitoramento em municípios do entorno do Lago. “Com esses postos, conseguiremos monitorar toda a dinâmica da pesca na região. É um passo essencial para garantir a sustentabilidade dos nossos recursos naturais e assegurar melhores condições de trabalho para mais de mil famílias de pescadores apenas em Itupiranga”, explicou.
A gestão da nova unidade será compartilhada entre a Prefeitura de Itupiranga, a Colônia de Pescadores local e o Ideflor-Bio. Para Derimar Ferreira, presidente da Colônia há 20 anos, o momento é de reconhecimento e gratidão. “Esse projeto fortalece o setor. Com o monitoramento, vamos mostrar que somos grandes produtores. Aqui temos Mapará, Aracu, Curimatã, Jaraqui e Tucunaré. Com essa base, o desembarque vai ser mais eficiente e mais valorizado”, destacou o líder, que representa cerca de 450 pescadores ativos no município.
Monitoramento – A estrutura terá papel decisivo na coleta e integração de dados sobre o pescado desembarcado, por meio do Sistema de Monitoramento das Unidades de Conservação (SisMULT), desenvolvido pelo Ideflor-Bio. De acordo com a engenheira agrônoma e gerente da Região Administrativa do Lago de Tucuruí do Instituto, Keylah Borges, os dados serão fundamentais para embasar decisões técnicas e políticas públicas. “Com as informações, poderemos identificar, por exemplo, se uma espécie está diminuindo. A partir disso, o governo pode propor políticas de criação de peixe ou incentivos financeiros ao pescador afetado”.
Na prática, o pescador levará seu pescado à sala de pesagem, onde o material será pesado em balanças digitais e os dados automaticamente integrados ao sistema. “Essa tecnologia nos permitirá saber quem está pescando, qual o tipo de peixe e a quantidade, com precisão. Isso garante transparência e eficiência na gestão pesqueira, com reflexos positivos na renda das famílias e na conservação ambiental”, reforçou Keylah.