Um grupo com aproximadamente 50 alunos do curso de Agronomia, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), teve a oportunidade de visitar o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), em Belém, para conhecer melhor a metodologia e os mecanismos que compõem o Projeto PROSAF.
A técnica, criada pela Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF) do Ideflor-Bio, consiste em recuperar áreas alteradas utilizando como estratégia de ação os Sistemas Agroflorestais (SAFs). Esse mecanismo garantirá a segurança alimentar das famílias envolvidas, a geração de renda para produtores rurais, além da recuperação do passivo ambiental.
A ideia da visita partiu do professor César Tenório, responsável pela disciplina de Manejo e Produção Florestal na UFRA. O educador acredita na importância de proporcionar aos seus alunos uma experiência prática que complementasse o conteúdo teórico abordado em sala de aula.
“Estamos na Amazônia. Defendo que os cursos das Ciências Agrárias, principalmente Agronomia, Engenharia Florestal, Zootecnia, ou seja, aqueles mais relacionados à UFRA, precisam de prática e vivência. A gente tem que vivenciar algo para poder falar com propriedade sobre o assunto. Tudo isso contribui para o profissional ter mais domínio e saia preparado para o mercado de trabalho”, enfatizou.
Durante a visita, os alunos puderam acompanhar de maneira detalhada todas as etapas do Projeto PROSAF, desde a escolha das sementes até a montagem dos viveiros agroflorestais. Essa foi uma oportunidade única de compreender a importância desse trabalho para a promoção da agricultura sustentável e a conservação da biodiversidade da região.
O titular da DDF, Vicente Neto, destaca que quando se pensou na instalação do viveiro, foi exatamente por entender que é importante a divulgação das atividades do Instituto e da estratégia, com relação ao combate ao desmatamento e à recomposição dessas áreas. “Falamos um pouco do nosso trabalho, o que é muito importante, porque independente do público, seja ele estudante, universitário, agricultor, parceiros institucionais ou municipais, todos são bem-vindos a conhecer a nossa metodologia”, frisou.
Oportunidade – Quem aprovou a iniciativa foi a estudante Natália Rodrigues. Ela acredita que as aulas práticas são fundamentais para aprimorar o aprendizado. “Ficamos cerca de três anos sem poder estar em sala de aula e sem atividades práticas. A retomada foi um pouco difícil, então creio que toda experiência que a gente tem, é muito importante. Somos do curso de Agronomia, que é altamente prático, que precisa estar em campo. Portanto, a vinda ao Ideflor-Bio, nos oportunizou compreender melhor aquilo que vemos diariamente na universidade”, pontuou.
Outros alunos também puderam visualizar de perto como o PROSAF é feito, e se encantaram com a organização e o cuidado empregados em todas as etapas do processo, conduzido pela equipe técnica da DDF.
O estudante Carlos Mendonça foi um deles e disse que a experiência foi algo totalmente novo. “Estou muito contente com a visita, especialmente porque pude ter noção dos projetos de recomposição florestal, manejo sustentável dos recursos naturais, entre outras ações desenvolvidas aqui. Tenho certeza que essa experiência vai me ajudar bastante mais adiante, principalmente no mercado de trabalho”, enfatizou.
Texto em colaboração com Lucas Gomes (Estagiário/Ascom Ideflor-Bio)
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