Membros titulares e suplentes dos Conselhos Gestores das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Belém e da Ilha do Combu, do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Metrópole da Amazônia e do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, participaram nesta terça-feira (26), de uma reunião para discutir o futuro dessas Unidades de Conservação (UCs) do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) na Região Metropolitana de Belém.
O encontro foi realizado no auditório do Centro de Acolhimento do Parque Estadual do Utinga, em Belém, e contou com diversas atividades. Dentre elas, uma capacitação ministrada pelo diretor-geral do Instituto Federal do Pará (IFPA) Campus de Bragança (PA), Prof. Dr. Abel Pojo e pelo coordenador do Curso Técnico em Pesca do IFPA Campus de Bragança, Prof. Dr. Josinaldo Reis.
Com sua expertise em áreas como Turismo, Gestão de Áreas Protegidas e Geografia Humana, Pojo enfatizou a importância dos Conselhos Gestores para garantir o bom funcionamento e a preservação das UCs. Os participantes puderam entender melhor suas responsabilidades, desde a organização de atividades até a tomada de decisões conjuntas, visando à proteção da biodiversidade local.
Diálogo – A troca de experiências e conhecimentos durante a reunião também foi fundamental para fortalecer a atuação dessas entidades nas UCs da Região Metropolitana de Belém. A discussão sobre as atribuições dos membros e a importância do trabalho conjunto para a conservação do meio ambiente ressaltou a relevância desses conselhos na promoção da sustentabilidade e na proteção da natureza.
Para a coordenadora de Conformidade de Cadeias Produtivas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Indara Aguilar, que é suplente da entidade no Conselho Gestor do Parque Estadual do Utinga, é muito importante que aconteça esse alinhamento e que seja periódico, porque de tempos em tempos os Conselhos são renovados.
“É muito interessante a gente fazer essa atividade de renovação, de alinhamento, de integração, porque os Conselhos são ferramentas muito importantes na gestão das áreas protegidas. É fundamental que nós tenhamos realmente essa eficiência no funcionamento deles. Portanto, o engajamento das instituições, dos conselheiros, a ciência do papel de cada um, é a chave para o correto funcionamento desses comitês e todas as contribuições que seus representantes podem levar às UCs”, enfatizou.
Já a extensionista rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-PA), Camila Salim, que é membro titular da APA Belém, acredita que é muito importante o conselheiro ter a noção de qual é o seu papel e não vir apenas para uma reunião, mas sim, se sentir pertencente quanto às suas responsabilidades com as UCs.
“Eu, enquanto conselheira da APA Belém, procuro verificar quais são as atividades potencialmente poluidoras que podem gerar algum impacto na UC; o que posso trazer de alternativa para minimizar isso; e não só na questão ambiental. É preciso ter uma visão mais sistêmica, enquanto conselheiro, do que pode impactar no social, no ambiental e na parte econômica dentro desse território”, afirmou.
Aprendizado – Os participantes saíram da reunião com uma visão renovada sobre o papel dos Conselhos Gestores e com um maior comprometimento em contribuir para a preservação das áreas protegidas. O gerente da Região Administrativa de Belém, Júlio Meyer, que também é presidente dos Conselhos Gestores das UCs do Ideflor-Bio na Região Metropolitana de Belém, avaliou a reunião como excelente e percebeu dois grandes benefícios.
“O primeiro deles foi a integração, porque a gente tem muitos problemas que são individuais de cada UC, mas também questões que são comuns. Para nós, essa integração entre os membros dos Conselhos é fundamental para esse processo de planejamento. Outro grande benefício é a capacitação. Acho importante incluir nesse ponto o engajamento dos conselheiros, até porque a gestão das UCs não pode funcionar fora dos Conselhos ou de forma paralela”, pontuou Júlio Meyer.
Vale destacar que os Conselhos Gestores são compostos por representantes de entidades públicas, como a Semas, a Emater-PA, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Polícia Militar, entre outros. Além destes, também fazem parte instituições não-governamentais, como associações, ONGs e líderes comunitários. Essa diversidade de representantes reforça a importância da colaboração entre diferentes atores na gestão das áreas protegidas.