Educação Ambiental é destaque em palestra sobre a COP 30 na Escola Estadual Oscarina Penalber, em Ananindeua

A iniciativa discutiu a preservação das florestas amazônicas e a importância da biodiversidade em um contexto global

Técnicas do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) promoveram uma ação de educação ambiental com 42 alunos da 1ª e 2ª séries da Escola Estadual Oscarina Penalber, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. A iniciativa, liderada por Sineide Wu e Luiziana Moura, discutiu a preservação das florestas amazônicas e a importância da biodiversidade em um contexto global.

O evento teve como eixo principal a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que vai ocorrer em Belém, em novembro de 2025. A palestra abordou os desafios e compromissos necessários para o enfrentamento das mudanças climáticas, destacando a Amazônia como um dos principais atores nesse cenário. A bióloga Luiziana Moura enfatizou a relevância do encontro, afirmando que a experiência proporcionou aos estudantes “uma conexão com as ações de sustentabilidade e preservação da floresta amazônica, além de aproximá-los do trabalho desenvolvido pelo Ideflor-Bio”, explicou.

A programação incluiu atividades de educação ambiental não formal, como a exibição de vídeos sobre as 29 Unidades de Conservação (UCs) geridas pelo Ideflor-Bio, palestras temáticas e a distribuição de materiais educativos, incluindo as cartilhas “Paru: a Gigante da Amazônia”, “Ararajuba na Terra do Açaí” e “Fauna Aquática do Pará”. Segundo a técnica Sineide Wu, as cartilhas desempenham um papel fundamental na conscientização ambiental. “Elas utilizam uma linguagem simples e didática, tornando o aprendizado acessível e envolvente para os alunos”, frisou a especialista.

Complementação Curricular – Para a professora Ellen Oliveira, que leciona Educação Ambiental na escola, a visita foi um marco para o início de novas ações pedagógicas. “Muito obrigada pela visita, professoras! Conto com o apoio de vocês para enriquecer ainda mais nosso trabalho em 2025”, afirmou. Os demais docentes presentes, incluindo Luiz Paulo Corrêa e Cynara Falcão, que lecionam Geografia, destacaram a importância de integrar temas ambientais e climáticos nos conteúdos escolares.

Representando a Coordenação de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a professora Tayana Ribeiro reforçou a importância da Política Estadual de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima, instituída pela Lei 9.981/2023. “Nosso objetivo é fomentar o pensamento crítico e sustentável de forma contínua e permanente, conectando professores e alunos às dimensões ambientais da Amazônia”, afirmou Tayana, ressaltando que o Pará busca ser um modelo nacional de ensino ambiental.

Uma das ações futuras planejadas é uma visita guiada ao Parque Estadual do Utinga, em Belém, com os mesmos alunos e professores. O passeio educativo permitirá uma vivência prática das questões abordadas na palestra, consolidando os conceitos discutidos e proporcionando uma maior conexão com a natureza. “Essa práxis educativa é essencial para que os jovens compreendam, na prática, a importância da preservação ambiental”, disse Sineide Wu.

Aprendizagem – Para os alunos, a experiência foi transformadora. Durante a palestra, muitos expressaram curiosidade sobre as iniciativas ambientais do estado e os desafios de conservação. A estudante Maria Clara, do 2º ano, afirmou que ficou impressionada com a riqueza de detalhes apresentados sobre a fauna aquática do Pará. “Nunca imaginei que nossa biodiversidade fosse tão complexa e ameaçada. Agora sinto que tenho um papel importante em ajudar a protegê-la”, disse a estudante.

A intenção do Ideflor-Bio é difundir cada vez mais a iniciativa em outras unidades de ensino da rede pública estadual, com o intuito de promover a educação ambiental como um pilar para a formação de cidadãos conscientes. “Esse momento foi uma oportunidade única para criar um diálogo entre os jovens e as políticas públicas ambientais do Pará. Tenho certeza de que essas informações serão levadas para suas comunidades, ampliando o impacto positivo”, concluiu Luiziana Moura.

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