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FLORESTA ESTADUAL DE FARO

A Floresta Estadual (FLOTA) de Faro é uma Unidade de Conservação (UC) Estadual criada pelo Governo do Estado do Pará e administrada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – IDEFLOR-Bio. A UC se enquadra na categoria de Unidade de Uso sustentável, estabelecida pela Lei n° 9.985, de 18/07/2000 (SNUC). Este tipo de UC tem como objetivo básico, compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais (com ênfase em métodos de exploração sustentável da floresta nativa), além de defender os direitos das populações tradicionais, pesquisa científica e visita pública condicionada às normas estabelecidas em seu Plano de Manejo e órgão gestor.

Instituída através do Decreto Estadual nº 2.605, de 04 de dezembro de 2006, publicado no DOE N° 30.819, de 07 de dezembro de 2006, alterado pelo Decreto n° 2.557, de 06 de outubro de 2010, publicado no DOE N° 31.769, de 08 de outubro de 2010 e, retificado pelo Decreto n° 201, de 16 de setembro de 2011, publicado no DOE N° 32.002, de 20 de setembro de 2011 (Anexo II-A, B e C). A FLOTA de Faro está situada à margem direita do rio Nhamundá (Calha Norte paraense), no Estado do Pará, abrangendo parte do território dos municípios de Faro (60%) e Oriximiná (40%), integrando um amplo conjunto de Áreas Protegidas no Estado do Pará.

Limita-se ao norte, com a Terra Indígena (TI) Trombetas-Mapuera, Comunidade Quilombola Cachoeira Porteira, Floresta Estadual (FLOTA) do Trombetas e Reserva Biológica (REBIO) do Rio Trombetas; a oeste, com a Terra Indígena (TI) Nhamundá-Mapuera; a leste, com a Terra Quilombola do Alto Trombetas e Floresta Nacional (FLONA) Saracá-Taquera; e, ao sul, com o município de Nhamundá, Estado do Amazonas.

Com uma área de 613.867,67 hectares, correspondente a 6.138,68 Km², de floresta nativa conservada, compreendendo o bioma Amazônia, abriga rica biodiversidade de fauna e flora, com ocorrência de espécies endêmicas, representando em torno de 5% da área territorial da Calha Norte e compõe um dos maiores blocos contínuos de florestas públicas destinadas à conservação e ao uso sustentável no Brasil. Esta UC possui interesse relevante para a conservação e alto potencial florestal (produtos madeireiros e não madeireiros) por abrigar grande estoque de espécies de valor econômico. A FLOTA também apresenta potencial para o ecoturismo (praias, cachoeiras, rios, pesca do tucunaré) e serviços ambientais.

O Objetivo básico da Floresta Estadual de Faro consiste, primeiramente, na conservação da biodiversidade local, seguida do uso sustentável dos recursos florestais e ambientais, de forma compatível a conservar o conjunto único de espécies e a alta biodiversidade da Floresta Estadual de Faro, conciliando a exploração sustentável dos recursos florestais madeireiros, não madeireiros e serviços ambientais com a diversidade socioeconômica e cultural.

Por encontrar-se inserida em uma região bastante conservada dentro do bioma Amazônia, a Floresta Estadual de Faro possui características únicas para o desenvolvimento do turismo de natureza e contemplação da beleza cênica local, possibilitando atividades como birdwatching (observação de pássaros), em função de sua grande diversidade de espécies. O birdwatching é a prática de observar, identificar e registrar aves em seu habitat natural. Pode ser feita de forma recreativa (como lazer) ou científica (levantamentos de espécies, fotografia, pesquisa). Muitas vezes, envolve o uso de binóculos, câmeras fotográficas com teleobjetivas, guias de campo e aplicativos de identificação. A atividade propicia o contato com a natureza, promove a conservação ambiental, a geração de renda e a valorização cultural.

 Além disso, a unidade possui como atrativos turísticos, as trilhas dentro da floresta, as mais conhecidas são a Trilha do Cumaru, na comunidade do Português, com aproximadamente 5 Km de extensão e a Trilha do Monte Sião, localizada na comunidade Monte Sião, com cerca de 2,5 Km de percurso. É possível também conhecer as praias, cachoeiras, rios que podem ser visitados no período do verão amazônico que inicia em maio e segue até dezembro.

O Turismo de Pesca Esportiva é uma atividade que vem se destacando na Floresta Estadual de Faro, ocorrendo nos lagos da FLOTA. A Temporada de Pesca Esportiva acontece no período de agosto a dezembro, no período de maior estiagem, quando a água recua e os peixes ficam concentrados nos lagos, canais e poços mais profundos, facilitando o acesso e a captura. Esse calendário também ajuda a ordenar a atividade turística, evitando sobreposição com épocas mais críticas do ciclo de reprodução e dispersão de espécies, além de alinhar com a oferta de serviços locais de turismo de pesca. O Turismo de Pesca Esportiva é uma modalidade de turismo que combina lazer, contato com a natureza e práticas de sustentabilidade, sendo hoje uma das atividades de turismo de natureza mais praticadas no Brasil e no mundo. A pesca esportiva é a pesca praticada como lazer ou esporte, sem fins comerciais. Normalmente segue a regra do pesque-e-solte (catch and release), ou seja, o peixe é capturado, fotografado, medido e depois devolvido vivo ao ambiente. Está ligada ao conceito de sustentabilidade, já que busca garantir que os recursos pesqueiros se mantenham para gerações futuras.

Na UC também ocorre o Turismo de Base Comunitária (TBC), que é uma forma de turismo, que se baseia no protagonismo das comunidades locais, oferecendo experiências autênticas de contato com a natureza e a cultura, ao mesmo tempo, em que promove desenvolvimento sustentável, capacitação comunitária e conservação ambiental. Essa modalidade de turismo valoriza a cultura e identidade local, o protagonismo comunitário, traz benefícios para a comunidade e, promove a sustentabilidade e conservação.

Na Floresta Estadual de Faro também ocorre a captura do Acará-Disco (Symphysodon aequifasciatus). O acará-disco (gênero Symphysodon) é um peixe ornamental com um formato discoide e colorações variadas, o que o torna muito procurado no mercado. A pesca do acará-disco é uma atividade sustentável, realizada na FLOTA de Faro, através de técnicas artesanais de pesca, como mergulho noturno com lanterna e snorkel em áreas de capinzal e igapó. Essa pesca é importante para a comunidade local, pois gera renda através da comercialização do peixe ornamental, que é valorizado pela sua coloração e formato. A pesca ocorre principalmente entre os meses de agosto e dezembro e os locais de pesca, incluem igarapés e lagos, como os afluentes do lago Amanã, dentro da FLOTA de Faro. A pesca do acará-disco é uma atividade de pesca ornamental, que gera sustento para as comunidades amazônicas. A captura do acará-disco (Symphysodon aequifasciatus) na Floresta Estadual de Faro (FLOTA de Faro), no estado do Pará, é uma atividade regulamentada e realizada com o objetivo de promover o uso sustentável dos recursos pesqueiros e gerar renda para as comunidades locais.

A gestão da unidade é orientada por seu Plano de Manejo e por ações de monitoramento, fiscalização, educação ambiental e ordenamento territorial, com ênfase no uso sustentável dos recursos naturais e na proteção dos ecossistemas e populações que vivem no entorno.

Mais de 20 estabelecimentos, entre bares e restaurantes, estão localizados às margens da APA da Ilha do Combu, para atender a demanda turística que vem aumentando ao longo dos anos. Trazidos por grande e pequenas embarcações fretadas, principalmente vindos de Belém, os visitantes poderão desfrutar da culinária local, e, posteriormente, realizar passeios locais através das trilhas ecológicas. Esses estabelecimentos dispõem de banheiros e áreas de lazer de banho, como chuveiros, e até hospedagem. Alguns destes necessitam de reserva prévia e também podem disponibilizar transportes ao visitante.

Quando ir

  • A FLOTA de Faro pode ser visitada durante o ano todo, mediante previa solicitação de autorização de visita do órgão gestor. Entretanto, devido ao período chuvoso mais intenso, considerado “inverno Amazônico”, recomenda-se que as visitas sejam feitas no período de estiagem das chuvas mais intensas que vai de maio a dezembro.

Como chegar

  • O trajeto com destino até a FLOTA de Faro é feito por via fluvial ou parcialmente por via aérea e fluvial. Por via aérea, tendo como ponto de partida a capital Belém – PA há duas possibilidades de deslocamento: uma saindo de Belém – PA com destino à Santarém – PA e, outra, saindo de Belém – PA para Parintins – AM. Em ambas as rotas, o visitante deverá pegar um vôo no Aeroporto Internacional de Belém Júlio César Ribeiro. Se a rota escolhida for a cidade de Santarém – PA (Duração média de vôo de 01h20min), ao chegar em Santarém – PA, deverá dirigir-se até o Terminal Hidroviário de Santarém Joaquim da Costa Pereira, localizado à  Rua Araguarina, 2 – Bairro Prainha, Santarém – PA, CEP: 68.005-200, de onde saem embarcações para todos os municípios próximos da região. De lá, o passageiro deve seguir em embarcação com destino à cidade de Faro (duração de 18 horas) e, ao chegar lá, fretar embarcação de menor porte (voadeira) até a FLOTA (duração de 02 horas). Caso a rota selecionada seja por Parintins – AM, o visitante sai de Belém – PA em vôo comercial (a Companhia Azul Linhas Aéreas tem vôos diários com duração que varia, em média, de 08 horas a 14,5 horas, dependendo do tempo de conexão (há conexão em Manaus – AM). Chegando em Parintins – AM, o visitante vai se deslocar por via fluvial, em embarcação (barco ou lancha), pelos rios Amazonas e Nhamundá (duas horas de viagem) até à sede da cidade de Faro – AM, de onde poderá fretar uma lancha para ir até o interior da Floresta Estadual de Faro.
  • Para acesso à Floresta Estadual de Faro, exclusivamente por via fluvial (rio navegável) também há duas rotas disponíveis. A primeira é a partir da cidade de Faro – PA, num percurso de aproximadamente 60 quilômetros pelo rio Nhamundá. A segunda é a partir de Porto Trombetas (Distrito de Oriximiná – PA, situado na margem direita do rio Trombetas, a cerca de 70 Km em linha reta da sede municipal), que se desenvolveu, principalmente, em função das atividades de mineração de bauxita da Mineração Rio do Norte (MRN), que opera na região desde a década de 1970, num percurso de aproximadamente 115 quilômetros pelo rio Trombetas. Porém, para usar esta via de acesso é necessária a autorização do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ou da Mineração Rio do Norte. De Oriximiná até a FLOTA é possível utilizar esta mesma rota acrescentando-se 35 quilômetros pelo rio Trombetas. O acesso a Porto Trombetas também pode ser aéreo, a partir de Santarém – PA, (voos regulares da aviação comercial – Companhia Azul Linhas Aéreas com duração de 50 minutos) ou ainda, partindo de Belém – PA (voos regulares da aviação comercial – Companhia Azul Linhas Aéreas com duração média de 04 horas). Para se chegar ao município de Oriximiná, as opções são via fluvial, a partir de Santarém – PA, ou via aérea a partir de Belém – PA. É também possível fretar avião a partir de Santarém – PA para pouso em Cachoeira Porteira, na FLOTA do Trombetas, entorno da FLOTA de Faro.
  • É importante destacar que a FLOTA ainda não dispõe com infraestrutura de suporte para visitantes no local, somente a base de apoio do próprio IDEFLOR-Bio.

 

Atrativos turísticos

  • Descrever detalhadamente cada um dos atrativos turísticos locais, fotos, lendas, histórico, mapa local de como chegar ao atrativo e melhor período para visitação.
  • Além de poder contemplar a beleza cênica local, na FLOTA de Faro é possível realizar atividades turísticas, através da prática de Birdwatching (observação de aves); Trilhas Ecológicas, como a Trilha do Cumaru (5 Km), na comunidade do Português e a Trilha da comunidade do Monte Sião (2,5 Km); participar do Turismo de Pesca Esportiva no período de seca do rio Nhamundá que acontece de agosto a dezembro; Turismo de Base Comunitária (TBC), organizado pela Associação dos Moradores da Floresta Estadual de Faro (AMOFLOTA) e pelos próprios comunitários; observar o Manejo Reprodutivo de Quelônios: a desova, que ocorre no período de seca do rio (setembro a novembro) e a soltura (novembro a janeiro) da tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa), tracajá (Podocnemis unifilis), calalumã (Podocnemis erythrocephala SPIX, 1824) e acassu (Mesoclemmys raniceps), realizado pelos comunitários, moradores da FLOTA, através do Projeto “Manejo Comunitário de Quelônios – Pé-de-Pincha”, que promove a proteção de quelônios, coletando ovos e construindo berçários, realiza o monitoramento de ninhos, eclosão controlada em chocadeiras e soltura dos animais na natureza. O Projeto é oriundo de uma iniciativa da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, Mineração Rio do Norte – MRN e Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA.

O que fazer

  • Trilhas Ecológicas;
  • Prática de birdwatching (observação de pássaros);
  • Contemplação da beleza cênica local;
  • Turismo de Base Comunitária (TBC);
  • Pesca Esportiva;
  • Educação Ambiental;
  • Banho em praias no período de baixa do rio Nhamundá;
  • Manejo Comunitário (Desova e Soltura) de Quelônios.

Onde ficar

Contatar a AMOFLOTA (Associação dos Moradores da Floresta Estadual de Faro): (92) 99384-1754.

Contatos para Serviços/Passeios:

  • Turismo de Base Comunitária (TBC):
  1. AMOFLOTA (Associação dos Moradores da Floresta Estadual de Faro): (92) 99384-1754.

e-mail: amoflota25@gmail.com ou joerissonnunes@gmail.com

  • Operadoras de Turismo de Pesca Esportiva:
  1. Amazon Spirit: (92) 98461-7755 / (92) 99527-0304.
  2. Top Serv: (93) 99174-8555.

Orientações importantes

  • É importante que o visitante esteja com suas vacinas atualizada, principalmente as de doenças tropicais.
  • Uso de roupas e calçados adequados para trilhas e caminhadas dentro da floresta,
  • Uso de repelente e evitar estar ás margens dos rios nos horários do início da manha e final da tarde, devido a incidência de malária na região.

Ingressos

O acesso à FLOTA é gratuito (entrada franca), porém, necessário solicitar autorização para visitação ou pesquisa ao órgão gestor da UC, através do e-mail da Gerência responsável: ideflorgrcn2@gmail.com

Escritório Local da EMATER de Oriximiná, Trav. Carlos Mª Teixeira, nº 1492, Bairro: Nossa Sra. das Graças, CEP: 68.270-000, Oriximiná-Pará.

Gerente da UC: Ronaldison Antônio de Oliveira Farias.

E-mail: Ideflorgrcn2@gmail.com

Telefone: (93) 99204-4221

Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará

Rua do Utinga, nº 723, Curió-Utinga – Belém-PA – CEP: 66610-010
Horário de Atendimento: das 08:00h às 17:00h de segunda a sexta-feira

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