Guardiões da Natureza: Vigilantes ambientais ajudam a proteger biodiversidade na Serra das Andorinhas

Os profissionais são a linha de frente na proteção dessa Unidade de Conservação (UC) do Ideflor-Bio

Localizado no sudeste paraense, o Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas, em São Geraldo do Araguaia, se destaca não apenas por sua beleza natural, mas também pelo trabalho essencial dos vigilantes ambientais. Contratados pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), através de recursos de compensação ambiental, esses profissionais são a linha de frente na proteção dessa Unidade de Conservação (UC).

Atualmente, seis vigilantes atuam no Parque, os quais desempenham um papel importante no monitoramento ambiental. Esse trabalho envolve a vigilância constante da área, garantindo que os objetivos de conservação e uso público do Ideflor-Bio sejam atingidos. A gerente da Região Administrativa do Araguaia, Laís Mercedes, destaca que esses profissionais são os “olhos” do Instituto na Serra das Andorinhas, desempenhando atividades que vão além da simples proteção física do território.

Contribuições – Entre as principais tarefas dos vigilantes está o suporte às comunidades locais, especialmente por meio dos Sistemas Agroflorestais (SAFs). A instalação de um viveiro na Vila Santa Cruz dos Martírios e na Vila de Ilha de Campos tem como objetivo fortalecer a sustentabilidade e a economia locais, promovendo a integração entre conservação e desenvolvimento comunitário.

A educação ambiental também é um dos eixos de atuação desses profissionais. Ao contrário de uma fiscalização punitiva, o Ideflor-Bio prioriza a orientação e a conscientização das comunidades sobre a importância da preservação ambiental. Os vigilantes ambientais são responsáveis por identificar e relatar possíveis delitos ou atividades prejudiciais, trabalhando de forma preventiva para evitar danos ao ecossistema.

O monitoramento da biodiversidade é outra área em que os vigilantes desempenham um papel essencial. Eles realizam rondas regulares, observando e registrando a fauna e flora da região, contribuindo para a conservação da rica biodiversidade do Parque. Além disso, esses profissionais dão suporte, também, ao Projeto Quelônios do Araguaia, que visa a proteção e recuperação das populações de animais aquáticos na região.

Apoio – O biólogo do Ideflor-Bio, Wagner Bastos, ressalta que o apoio aos pesquisadores que trabalham na Serra das Andorinhas é outra contribuição significativa dos vigilantes ambientais. “Eles auxiliam nas atividades de campo, fornecendo orientação e suporte logístico, o que facilita o desenvolvimento de pesquisas científicas na região. Essa colaboração é fundamental para o avanço do conhecimento sobre a biodiversidade e os ecossistemas do Parque”, enfatizou.

A atuação desses vigilantes não apenas protege o meio ambiente, mas também fortalece o vínculo entre as comunidades locais e a natureza. Por meio de atividades de educação ambiental, como o projeto Serra das Andorinhas nas Escolas, eles promovem a conscientização sobre a importância da preservação entre os jovens e a população em geral.

Em um contexto em que o Ideflor-Bio não atua diretamente na fiscalização, o trabalho dos vigilantes ambientais se destaca por seu enfoque na orientação e na construção de uma cultura de respeito e cuidado com o meio ambiente. O diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação, Ellivelton Carvalho, afirma que eles são, em essência, os guardiões de um dos mais valiosos patrimônios naturais do Pará, desempenhando um papel indispensável na preservação da Serra dos Martírios/Andorinhas.

“O esforço conjunto desses profissionais, das comunidades e do Ideflor-Bio é um exemplo de como a conservação ambiental pode ser efetivamente integrada ao desenvolvimento sustentável, garantindo que as futuras gerações possam continuar a desfrutar das riquezas naturais da região”, frisou o dirigente. 

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