Nesta quinta-feira, 5, o presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), Nilson Pinto, participou do III Simpósio de Pós-Graduação em Ciências Florestais, promovido pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O evento, que celebra mais de 50 anos de contribuições acadêmicas para o desenvolvimento sustentável da região, abordou o tema “Desafios e Inovações nas Ciências Florestais da UFRA”.
Na ocasião, Nilson Pinto apresentou a palestra “Cooperação Técnica e Sustentabilidade: A promoção de pesquisas conjuntas com a UFRA e a conservação das florestas do Estado do Pará”. O presidente destacou a importância da integração entre instituições acadêmicas e órgãos públicos para a preservação, manejo e restauração das florestas amazônicas. “Proteger não significa apenas preservar. É necessário conservar com manejo, turismo e atividades produtivas, e isso exige conhecimento técnico, investimento e colaboração”, afirmou Nilson Pinto.
Ele ressaltou os esforços recentes do Ideflor-Bio para ampliar sua estrutura e capacidade de atuação. Segundo o presidente, a equipe do Instituto dobrou no último ano, com a contratação de biólogos, engenheiros florestais e outros especialistas, além de melhorias nos espaços administrativos. Nilson Pinto evidenciou o papel do Governo do Estado em priorizar a floresta amazônica como eixo central de suas políticas públicas. “O Pará é essencial para o mundo, e o momento de avançarmos na conservação e uso sustentável da floresta é agora”, afirmou.
Cooperação – A parceria entre o Ideflor-Bio e a UFRA tem se consolidado ao longo do último ano, principalmente com o Instituto de Ciências Agrárias (ICA), o que foi destacado como estratégica para o avanço da ciência e da gestão ambiental no estado. Nilson Pinto apontou a UFRA como a “parceira mais óbvia” devido à sua tradição em pesquisas florestais e formação de profissionais qualificados e ressaltou a necessidade de fomentar a cooperação entre instituições, como a Universidade Federal do Pará (UFPA), o Museu Emílio Goeldi (MPEG) e a Embrapa Amazônia Oriental, para multiplicar os resultados em conservação e sustentabilidade.
“O Ideflor-Bio deve funcionar como um laboratório vivo para a UFRA e outras instituições, permitindo que o conhecimento acadêmico seja aplicado diretamente na gestão pública e nas comunidades”, explicou Nilson. Ele também destacou o desafio de expandir a produção de conhecimento científico e a formação de novos pesquisadores na Amazônia, mencionando que a região ainda possui poucos doutores em comparação a outras partes do Brasil.
Protagonismo da Floresta – O presidente do Instituto enfatizou a relevância da ciência para a construção de políticas públicas e destacou o papel da academia na geração de soluções inovadoras para a gestão das florestas. Para ele, o momento é histórico, considerando o crescente reconhecimento global sobre a importância da Amazônia para o enfrentamento das mudanças climáticas. “Chegou o momento da floresta. Precisamos aproveitar essa oportunidade para avançar na conservação, na pesquisa e na capacitação de pessoas”, concluiu.
Em breve, a colaboração entre as duas instituições promete trazer avanços significativos para a preservação do bioma amazônico e o fortalecimento do estado do Pará como protagonista nas discussões globais sobre sustentabilidade. Com eventos como o simpósio, a UFRA reafirma sua posição como referência em ciência florestal na Amazônia, ao mesmo tempo que o Ideflor-Bio consolida seu papel como articulador de parcerias para o desenvolvimento sustentável.