Ideflor-Bio e Unama firmam acordo para ampliar integração do visitante ao Parque do Utinga

O objetivo é trabalhar conceitos de Destinos Turísticos Inteligentes, por meio de um equipamentos que não necessita de conexão com a internet

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) celebrou nesta quarta-feira (7) Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Universidade da Amazônia (Unama), para instalação de um protótipo no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém. O objetivo é trabalhar os conceitos de Destinos Turísticos Inteligentes (DTIs), por meio de uma técnica que visa facilitar a interação e integração do visitante com o local.

O equipamento, denominado S.A.N.D.R.O. (Serviço Autônomo de Apoio à Formação Não Presencial Destinado à População Ribeirinha Retroalimentado Através de Contatos Oportunistas), não necessita de conexão com a internet para funcionar. Para acessá-lo, basta que o usuário se conecte à rede aberta “Escarlate” e leia o QR-Code na parte superior do protótipo.

Ao fazer isso, o visitante será direcionado a um banco de vídeos e informativos em PDF, disponibilizados por uma plataforma aberta e gratuita, com um hardware minimalista. A ferramenta também permitirá a inserção de minicursos, cartilhas e outros materiais que visam fomentar a educação ambiental entre os visitantes do Parque. Todo esse conteúdo terá a curadoria do Ideflor-Bio e da Unama.

Soluções – De acordo com o idealizador do projeto, professor Mauro Margalho, o protótipo surgiu com a proposta de resolver um problema agravado durante a pandemia de Covid-19. Milhares de estudantes ribeirinhos ficaram totalmente sem acesso às aulas devido à falta de conectividade. O dispositivo poderá, caso ocorra nova situação desse tipo, ser usado pela comunidade ribeirinha para o provimento de educação a distância, sem precisar de conectividade com a internet. 

“Durante o período que a gente não está enfrentando esse tipo de problema, ele pode ser utilizado em uma série de aplicações. Uma delas é através de algo chamado DTI, uma proposta que embarca tecnologia para prover uma melhor experiência para o turista. Através de todos os streams, de todos os serviços que são prestados. Turistas de lugares remotos, principalmente, poderão ter acesso a esse serviço tecnológico sem precisar de internet para isso”, detalhou.

Parceria – A cerimônia de assinatura do Acordo contou com a presença do presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto; da reitora da Unama, Betânia Fidalgo, e de outros dirigentes das duas instituições. Durante o evento, houve demonstração pública de como o protótipo funcionará, apresentando suas vantagens e utilidades.

Betânia Fidalgo ressaltou que, neste ano, a instituição de ensino completa 50 anos, e um dos objetivos é estreitar relações com a sociedade e entidades, como o Ideflor-Bio, que tem a missão de gerir 28 UCs estaduais.

“A gente está muito feliz. Hoje, a assinatura deste convênio é o início de uma parceria que, tenho certeza, será de muitos anos, e que a gente vai poder contribuir de forma efetiva com a vida das pessoas. Aliás, essa é a missão de uma universidade na Amazônia: desenvolver a região, preservar o meio ambiente, mas com sustentabilidade e, claro, levando o conhecimento para a população”, enfatizou a reitora.

Nilson Pinto reiterou que são duas grandes instituições, com grandes desafios, que se unem para unir o trabalho acadêmico ao trabalho da gestão ambiental feito pelo Ideflor-Bio, para que o resultado seja benéfico para a população. 

“Nós estamos assinando esse ACT que vai possibilitar a utilização de resultados de pesquisa da Unama, de testes, de equipamentos, de aplicativos, de dispositivos, desenvolver panorama das nossas UCs, a começar pelo Parque Estadual do Utinga, para que se consiga juntar informações e disponibilizá-las para a população, de modo a fazer com que esse conhecimento seja socializado para todo mundo que dele precisa. Começando um trabalho dessa forma, pretendemos avançar para outras UCs”, afirmou o presidente do Ideflor-Bio.

Localização – Inicialmente, o equipamento ficará próximo ao Centro de Acolhimento do Parque do Utinga, mas poderá ser realocado para outras áreas da Unidade de Conservação. O objetivo é que o protótipo permaneça no local por um ano e, posteriormente, seja replicado em comunidades ribeirinhas da região insular de Belém e outras áreas protegidas sob a gestão do Ideflor-Bio.

Os dados coletados serão utilizados tanto pelo Ideflor-Bio quanto pela Unama, ca fim de compreender o uso e a interação das pessoas com o equipamento. Essas informações serão essenciais para aprimorar o protótipo, assim como a experiência dos visitantes no Parque Estadual do Utinga.

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