O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) realizou uma oficina de transplante de mudas no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém. A programação, por três dias e encerrada no domingo (22), contou com a participação de 30 alunos da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), condutores de trilhas e membros do Clube de Observação de Aves do Pará (Coapa). O objetivo principal da oficina foi a produção de mudas para recuperação de áreas alteradas dentro da Unidade de Conservação (UC).
A oficina teve início com uma parte teórica realizada no auditório do Parque. Durante a sessão, os participantes aprenderam sobre o conceito de transplante de mudas e sua importância para a restauração ecológica. Foram apresentados também os métodos adequados para realizar o transplante, além dos cuidados necessários para garantir o sucesso do processo, como o manejo adequado dos vegetais.
Após a parte teórica, os participantes seguiram para a Trilha da Mariana, uma área interna do Parque que oferece acesso a lagos, garantindo a irrigação natural das mudas recém-transplantadas. Nesse espaço, os alunos tiveram a oportunidade de colocar em prática o que foi aprendido, realizando o transplante de mudas de espécies nativas, como a guaruba e o breu.
Participação – Cada participante foi responsável por realizar o transplante de uma muda. Cada uma delas foram posicionadas estrategicamente em áreas com condições ideais para seu desenvolvimento, onde permanecerão para aclimatação e acompanhamento contínuo pela equipe do Parque. A ação visa fortalecer o processo de regeneração natural das áreas degradadas do Utinga, utilizando espécies nativas da própria região.
“Essas atividades são fundamentais para a conservação do Parque Estadual do Utinga e de outras unidades de conservação. A produção de mudas nativas garante que a flora local seja preservada, contribuindo para a restauração das áreas que sofreram impacto ambiental. É também uma oportunidade de engajar estudantes e a comunidade em ações concretas de preservação”, destacou o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, que acompanhou a programação de perto.
Recuperação – A gerente do gerente de Produção e Apoio aos Arranjos Produtivos Florestais,Ideflor-Bio, Laura Dias, ressaltou a importância de utilizar plantas originárias do próprio Parque. “Com essa atividade, vamos ter mudas de espécies nativas do Parque do Utinga, o que favorece o plantio em áreas alteradas. Dessa forma, evitamos a introdução de plantas que não fazem parte da flora local, preservando a integridade do ecossistema”, explicou.
O gerente da Região Administrativa de Belém, Júlio Meyer, reforçou o valor da oficina para o fortalecimento da sustentabilidade na UC. “Iniciativas como essa garantem que o Parque Estadual do Utinga continue cumprindo seu papel de proteção e recuperação ambiental. Além disso, envolvem a sociedade e os futuros profissionais da área em ações práticas de conservação”, frisou.
A oficina foi concluída com a expectativa de que as mudas, agora aclimatadas ao ambiente da floresta, contribuam significativamente para a restauração das áreas impactadas, promovendo a regeneração de um dos mais importantes espaços verdes de Belém.