A titular da GRTUC, Keylah Borges, destacou que o monitoramento do pescado será a principal função da unidade. “Os dados coletados sobre o pescado desembarcado no porto serão integrados ao Sistema de Monitoramento das Unidades de Conservação do Ideflor-Bio (SisMULT), possibilitando um acompanhamento detalhado dos estoques pesqueiros do lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí”, explicou.
A metodologia será replicada em outras seis unidades em construção nos municípios de Goianésia do Pará, Nova Ipixuna, Jacundá, Tucuruí, Itupiranga e Breu Branco. A gestão das instalações será realizada de forma tripartite, com participação das prefeituras, das Colônias de Pescadores e do Ideflor-Bio, garantindo maior eficiência no gerenciamento e na preservação dos recursos pesqueiros.
Agregar Valor – Durante a vistoria, foram discutidas estratégias para maximizar os benefícios da nova unidade. Representantes do município de Novo Repartimento, incluindo os secretários Rafael (Planejamento) e Ronan (Pesca/Aquicultura), além de técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), avaliaram a possibilidade de instalar, futuramente, uma pequena agroindústria de produção de polpa de pescado. O objetivo é agregar valor ao pescado com baixo valor comercial, aproveitando-o para o beneficiamento.
O projeto pioneiro conta com o comprometimento do prefeito reeleito de Novo Repartimento, Valdir Lemes (MDB), que garantiu investir na iniciativa e adquirir a polpa para a merenda escolar do município. A Adepará se comprometeu a apoiar a regularização sanitária da produção, enquanto o Ideflor-Bio, idealizador da proposta, fornecerá suporte técnico. O engenheiro de pesca Eden Pontes ficou responsável pelo dimensionamento do projeto.
Incentivo – Além do monitoramento e do beneficiamento do pescado, a infraestrutura é vista como peça-chave para o desenvolvimento sustentável da região. Nilson Pinto, presidente do Ideflor-Bio, ressaltou que o projeto abrange um planejamento integrado para diversos municípios. “Com essas unidades, garantimos a eficiência na gestão da pesca, geração de emprego e renda e a preservação dos recursos naturais. É um modelo que une conservação e desenvolvimento econômico”, afirmou.
Com a conclusão das obras no primeiro semestre de 2025, a expectativa é que a Unidade de Monitoramento em Novo Repartimento e as demais previstas na região representem um marco na modernização da atividade pesqueira no Pará. Além de fomentar a economia local, o projeto impulsionará práticas mais sustentáveis, assegurando melhores condições para pescadores e comunidades ribeirinhas.