Projetos de educação ambiental em unidades de conservação estaduais são destaques na COP30

Ações do Ideflor-Bio nos parques estaduais do Utinga, em Belém, e da Serra dos Martírios/Andorinhas, em São Geraldo do Araguaia, engajam escolas e comunidades na preservação da natureza

“A educação ambiental como instrumento de gestão ambiental nas 29 unidades de conservação estaduais do Pará” foi o tema do painel promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), no Pavilhão Pará, na Green Zone da COP30, nesta quarta-feira (19). O debate teve como eixo as ações realizadas especificamente nos parques estaduais do Utinga, em Belém, e da Serra dos Martírios/Andorinhas, em São Geraldo do Araguaia. 

Foi evidenciado que o trabalho realizado pelas equipes do Ideflor-Bio engajam escolas e comunidades que vivem às proximidades das unidades de conservação estaduais, sobretudo na temática de preservação ambiental, por meio de conhecimentos e atividades que permitam o contato com a natureza.

Projetos do Ideflor-Bio foram destaque na programação da COP30

O painel teve como moderadora a analista administrativa do Ideflor-Bio, Carla Oliveira, e a participação do gerente da Região Administrativa de Belém, Júlio Meyer; das analistas ambientais Sineide Vasconcelos e Deiliany Oliveira, e da gerente da Região Administrativa do Araguaia, Laís Mercedes. 

Olhar para a juventude – Júlio Meyer ressaltou a importância da apresentação para divulgar os resultados e inspirar outros projetos de educação ambiental no Brasil, e no mundo. Ele destacou, ainda, que os projetos de educação ambiental desenvolvidos no Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna englobam todas as faixas etárias, mas têm uma atenção maior para crianças e jovens.

“Nós temos um déficit de contato com a natureza entre crianças e adolescentes por causa do entretenimento baseado nos celulares. Se a gente não desenvolver hoje ações como essas que fazemos no Ideflor-Bio, não vamos ter mais os guardiões da natureza. Por isso, desenvolvemos essas iniciativas com uma atenção maior para esse público, para que eles tenham esse contato e se engajem na preservação da Amazônia”, frisou o gerente.

Participantes do painel sobre educação ambiental

Ideflor-Bio nas escolas – Deiliany Oliveira ressaltou que as ações com escolas públicas e privadas, realizadas pelo Instituto no Parque Estadual do Utinga e nas unidades escolares, permitem que crianças, jovens, professores e demais servidores desses espaços de aprendizagem se tornem multiplicadores da causa ambiental. 

“Quando as escolas visitam o nosso Parque, e conhecem as diversas experiências que nós oferecemos, percebem as muitas vantagens de se ter a educação ambiental em pauta, assim como a importância de se ter unidades de conservação para proteger nossas florestas”, enfatizou. A analista ambiental evidenciou, ainda, que o Parque já recebeu até o momento mais de mil alunos de escolas públicas, que participaram de atividades educativas, como cursos, palestras e oficinas.

Soltura de quelônios no Rio Araguaia

Proteção de quelônios – No painel também foram apresentadas as ações de educação ambiental desenvolvidas pela Gerência da Região Administrativa do Araguaia (GRA), em especial o Projeto Quelônios do Araguaia, em parceria com o Instituto Ambiental Xambioá (IAX) e outras entidades públicas e privadas de São Geraldo do Araguaia.

De acordo com Laís Mercedes, a ação permite que crianças e jovens conheçam os quelônios, além de educá-las para que possam ajudar na preservação desses animais. “É um projeto que, assim como outro, o Serra das Andorinhas na Escola, ajuda nossos jovens a compreender a importância da preservação ambiental. Com essa atividade, eles nos ajudam a identificar locais de desova, para permitir que as espécies possam seguir vivas e proteger esses seres vivos tão importantes para nossos rios amazônicos”, enfatizou Laís Mercedes.

Texto: Sinval Farias, com a supervisão de Vinícius Leal – Ascom/Ideflor-Bio

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