O auditório do Instituto Federal do Pará (IFPA) Campus Óbidos, na região oeste paraense, foi palco, nos dias 21 e 22 de novembro, da Reunião Ordinária Integrada dos Conselhos Gestores da Estação Ecológica (Esec) Grão-Pará e da Reserva Biológica (Rebio) Maicuru. O evento foi promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), por meio da Gerência da Região Administrativa da Calha Norte 3 (GRCN3), que reuniu autoridades, especialistas e representantes das comunidades locais.
O encontro teve como principal objetivo a definição das diretrizes estratégicas de gestão para 2025 nas duas Unidades de Conservação (UCs), consideradas fundamentais para a preservação da biodiversidade da Amazônia. Entre os temas debatidos estavam a elaboração do plano de atividades para o próximo ano, a atualização do regimento interno, a revisão do Plano de Manejo, e a ampliação da formação de agentes ambientais indígenas, refletindo o compromisso das UCs com a inclusão e o desenvolvimento sustentável.
O presidente em exercício do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, destacou a importância da reunião para o fortalecimento da governança ambiental. “A participação ativa das comunidades locais e dos especialistas nas decisões é essencial para garantirmos uma gestão mais eficaz e inclusiva das nossas UCs. Isso reforça o papel dessas áreas na proteção ambiental e no desenvolvimento socioeconômico das populações que delas dependem”, frisou.
Integração – O gerente da GRCN3, Neto Vasconcelos, ressaltou a relevância do evento para o planejamento integrado das UCs. “O Norte do Para é uma região estratégica para a conservação da Amazônia, e encontros como esse são indispensáveis para alinhar ações e garantir que as UCs continuem desempenhando seu papel de proteger ecossistemas e valorizar as comunidades que vivem no entorno”, disse o dirigente.
A atualização do regimento interno e a revisão do Plano de Manejo foram pontos centrais das discussões. O primeiro visa modernizar as regras de funcionamento dos conselhos gestores, enquanto o segundo, que orienta o uso e a proteção das áreas protegidas, deverá incorporar novas demandas ambientais e sociais, especialmente ligadas às mudanças climáticas e à ampliação das atividades de monitoramento e fiscalização.
Apoio – Outro destaque foi a programação de formação de agentes ambientais indígenas. A iniciativa busca qualificar lideranças locais para atuarem como multiplicadores de conhecimento e práticas sustentáveis em suas comunidades. A medida também fortalece a articulação com povos tradicionais, reconhecendo sua importância na preservação da floresta e no combate a ilícitos ambientais.
Nos dois dias de evento, também houve espaço para sugestões e debates gerais, permitindo a inclusão de novas propostas para as UCs. Representantes de comunidades indígenas, pesquisadores e técnicos ambientais apresentaram ideias que poderão ser incorporadas ao plano de atividades de 2025.
A reunião reforçou o compromisso do Ideflor-Bio com a gestão participativa e sustentável das Unidades de Conservação na Calha Norte. As decisões tomadas no evento deverão nortear ações de proteção ambiental e desenvolvimento local para o próximo ano, consolidando o papel das UCs como pilares da preservação da Amazônia.