Incentivo – A prefeita Elisangela Celestino ressaltou a importância do apoio técnico recebido para a criação do Bosque Municipal, já formalizado e regularizado em seu município. “Nós fizemos todo o processo junto à comunidade, com pesquisa de campo e orientação do Instituto. Hoje, temos nosso Bosque decretado e oficializado. Agora, pedimos que essa parceria continue na fase de gestão, porque sabemos que o desafio é buscar recursos e estruturar a administração da área”, afirmou.
A secretária de Meio Ambiente de Bujaru, Leuda Coelho, destacou a importância da criação de uma unidade de conservação em seu município, no espaço do antigo Engenho do Bom Intento, para preservar a história e a natureza da região, além de gerar renda. “O Bom Intento é parte da história de Bujaru, e a criação desse espaço, que fica próximo de áreas quilombolas, permite a geração de renda para essas famílias, além de preservar as ruínas e a natureza da região”, enfatizou.
O secretário Igor Barros também relatou o percurso de luta para oficializar a primeira unidade de conservação de Salvaterra, localizada às margens da Baía do Marajó. Segundo ele, após anos de entraves a criação, finalmente, se tornou realidade com apoio técnico do Ideflor-Bio. “Chegamos até aqui; não foi fácil. Agora, temos um grande trabalho pela frente: fazer essa área funcionar, entregar resultados para o município, para o Marajó, para a Amazônia e para o mundo”, enfatizou.
Resultados positivos – Fechando a mesa de abertura, o diretor Crisomar Lobato ressaltou que a história das unidades municipais no Pará é recente, mas avança com rapidez e resultados concretos. Ele citou como marco o processo de reavaliação de antigas áreas protegidas, e a transformação delas em unidades municipais. “Nosso objetivo é proteger áreas verdes, inclusive em zonas urbanas. Belém é um grande exemplo, com o Bosque Rodrigues Alves, preservando floresta nativa no coração de uma das maiores metrópoles da Amazônia. Queremos que outros municípios sigam esse caminho”, acrescentou.
Atualmente, o Pará possui 42 unidades de conservação municipais, das quais 19 são de Proteção Integral, somando 4.442,86 hectares, e 23 são de Uso Sustentável, com 83.577,03 hectares — mais de 88 mil hectares destinados à preservação da biodiversidade. Treze dessas unidades foram criadas com orientação técnica do Ideflor-Bio, resultado direto da parceria com os municípios.
Após as palestras do dia, os participantes visitaram o Parque Estadual do Utinga, e assistiram a uma palestra sobre a unidade de conservação, equipamentos presentes e gestão do espaço, ministrada pelo gerente da Região Administrativa de Belém, Júlio Meyer.