Sobre a Unidade

O Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) Rios São Benedito e Azul é uma Unidade de Conservação estadual de proteção integral localizada no município de Jacareacanga, no sudoeste do estado do Pará. Criada pelo Decreto Estadual nº 2.886, de 9 de junho de 2006, a reserva ocupa uma área de aproximadamente 73.123 hectares e tem como principal objetivo preservar ambientes naturais que abrigam espécies da fauna e flora nativas, assegurando a integridade dos processos ecológicos e a manutenção da biodiversidade amazônica.

O REVIS está situada em uma região de grande importância ecológica, caracterizada por florestas ombrófilas densas e formações associadas a rios cristalinos, como os rios São Benedito e Azul, que dão nome à unidade. Esses rios abrigam ecossistemas aquáticos únicos, com alta diversidade de peixes, répteis, aves e mamíferos, incluindo espécies ameaçadas de extinção e endêmicas da região.

Como unidade de proteção integral, o REVIS não permite o uso direto dos recursos naturais, sendo voltada à proteção completa da biodiversidade, com atividades restritas à pesquisa científica, educação ambiental e visitação controlada. Essa categoria de unidade é regida pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e desempenha um papel fundamental na conservação de ecossistemas frágeis, corredores ecológicos e áreas de grande beleza cênica e valor ecológico.

A gestão do REVIS Rios São Benedito e Azul é realizada pelo IDEFLOR-Bio (Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará), que atua na proteção da unidade, no monitoramento ambiental e na articulação com instituições de pesquisa e comunidades vizinhas. O órgão também coordena ações de combate a ilícitos ambientais, como pesca predatória, invasões e desmatamento, promovendo a presença do Estado em áreas remotas da Amazônia.

Mesmo com o acesso limitado e os desafios logísticos de monitoramento, o REVIS tem se consolidado como um território prioritário para a conservação de espécies aquáticas e terrestres, além de preservar nascentes e cursos d’água essenciais para o equilíbrio ambiental regional. O reconhecimento do valor científico e ecológico da unidade reforça seu papel estratégico na conservação da biodiversidade amazônica e na proteção de paisagens naturais de rara beleza e importância para as futuras gerações.